Thursday, April 27, 2006

Cinema

É tão bom ir ao cinema a contar com um filme de mediano para baixo e ser surpreendido, e muito, pela positiva...
Um filme com o Paul Walker, de nome "Medo de Morte" (Running Scared) não puxa propriamente pela vontade de o ver, e muito provavelmente, se não o tivesse visto por convite, nem teria equacionado essa hipótese, com tanta coisa no cinema à partida mais atractiva. E no entanto, acabei por ver um bom filme, intenso, violento mas real, chocante em partes. Inúmeras voltas na história, e se não fosse a mania de colocar intervalos nos filmes que agora tambem a lusomundo decidiu nem me teria apercebido do tempo passei dentro da sala. Apesar de ser um filme de contornos completamente diferentes (e nem sequer ter direito ao mesmo género de nomeações e prémios), não me lembro de outro filme que me tenha surpreendido tanto desde que vi o "Colisão" (Crash), que me pareceu uma seca aberrante no trailer, e acabei a "puxar" por ele para o Oscar de "Melhor Filme", que ganhou.
"Medo de Morte", não sendo propriamente um filme do mesmo calibre, é um filme que não merece ser ignorado e rotulado antes de ser visto. Nem sequer é um filme básico de acção para "desligar o cérebro" e curtir! E se antes de o ver, pelo poster, pelo actor, pelo nome, o carimbava como "Fraco -", acabei por o rotular de "Bom+"
É preciso ultrapassar o mau feitio e o preconceito às vezes...nem que seja apenas quando é de borla!!

2 comments:

AS said...

[Eia! Eia! Eia! O meu primeiro comentário no teu blog! : ]

Eu acho que, quando esperamos pouco de um filme, a possibilidade de o filme nos surpreender é maior. Estava a pensar no filme “Matrix”. É obvio que o filme (o primeiro, note-se!) é fabuloso e tornou-me um marco no cinema. Mas quando eu o fui ver no Auditório da U. Minho, em Guimarães, com o C.D. ao meu lado a delirar com a imagem das cápsulas das balas a cair, tornou-se óbvio para mim que estava na presença de um filme que eu estava a adorar ver porque era um bom filme mas, principalmente, porque não esperava nada de mais. Aliás, tive que ser arrastada pela pessoa atrás mencionada porque ele não queria ir sozinho ao cinema.

E o inverso também é uma realidade. Quanto mais anseio pelo um filme, maior a probabilidade de sair defraudada. Por exemplo, gostei imenso do “Piratas das Caraíbas” e vêm aí a sequela. Tento não estar ansiosa porque, primeiro, as sequelas tendem a terem menos qualidade do que o primeiro e, depois, porque se quero muito ver o filme vou chegar ao fim decepcionada.

Conclusão óbvia: o melhor é não ficar “em pulgas” por nada e esperar sempre uma história, uma realização ou uma interpretação medíocres. Quanto menos eu espero, mais me surpreendo pela positiva. Principalmente porque ando numa de filmes “pastilha elástica”, aqueles filmes que vemos, rimos, e esquecemos…


[Ups! acho que abusei na quantidade de palavras... ]

Borboleta said...

deixaste-me curiosa!!! e agora que eu estou super-cinéfila novamente (king kard, king kard!) ainda vou cuscar estar pérola de filme. beijufa!